terça-feira, 9 de junho de 2009

STEPHEN KING, ÚSTICA & OUTRAS TEORIAS (CONSPIRATÓRIAS)


Um conto de Stephen King, que virou trash(issimo) movie, tem como assunto um avião cujos ocupantes desaparecem durante o vôo, fora um grupinho que, ao que se entende, é composto pelos que estavam dormindo. Por sorte (deles e do conto), um é piloto, e consegue aterrissar. É um conto do terror que acaba bem, visto pelos olhos na perspectiva da aventura (com direito a monstros e prodígios) do grupinho. É a primeira coisa que me veio à cabeça quando ouvi a notícia do AF 447.
A segunda foi Lost, evidentemente um desejo infantil, contaminado pela mídia, de que, ainda que em condições perigosas/misteriosas/aterrorizante tivesse algum sobrevivente em cima de uma ilha flutuante, atualmente o lugar no mundo com a maior concentração de população, visto que a ilha deserta desse seriado, tem um vai-e-vem de gente que nem lembro quem é quem. Bom, então, tanto o Stephen King como o seriado sobre as multidões de todos aqueles que desapareceram no mundo se encontrarem na ilha acabaram me dando sugestões sobre os acontecimentos. Sinto-me autorizada por várias razões, que vou expor:
A prioridade podia até ser encontrar sobreviventes, mas a essa altura, não há mais ninguém. Que tal voltar ao que aconteceu, já que aviões sobem e descem todo dia, e numa dessa você acaba virando mais um nome do Titanic da aviação. Dizem por aí que é difícil encontrar os restos. Estão muito fundos. E é aqui que eu fico insatisfeita, porque
Ao que parece, todos ficam mais tranqüilos trocando aquele tubinho em baixo, que pega frio e congela, e aí comunica dados errados de velocidade. A culpa é atribuída à pecinha, troque-a e viaje tranqüilo. Mas os murmúrios continuam, pois parece que agora praticamente todas as aeronaves já mostraram problemas com isso. Mas como a caixa preta “calou-se” no abismo marinho, pessoal parece quase ter desistido da busca principal, para priorizar o lado do pathos familiar de vitimas & parentes Venhamos e convenhamos, algumas coisas, para quem vem de um país de mistérios públicos & terrores institucionais como o meu, são balelas, porque há um caso de avião que desapareceu de maneira parecida:
O mistério de Ústica e do DC9 Bolonha/Palermo, desaparecido “misteriosamente” de qualquer radar e de qualquer comunicação rádio no dia 27 de junho de 1980, às 21.05 da noite, enquanto se preparava para pousar em Palermo, nas proximidades da Ilha de Ústica. Bom, a última comunicação do avião incluía piadas, quando de repente a comunicação se interrompe, partindo a palavra “olhe” na boca do piloto. O avião, simplesmente, some dos radares dos controles de vôo de Ciampino e de Palermo. Depois, o silêncio. No dia seguinte, começam as buscas e, aos poucos, os corpos afloram. Morrem em 81, resgatam-se 28 corpos. O avião está a 3700 metros de profundidades, custa muito procurar. Uma primeira resposta fala de “falha técnica”, ou seja: o avião, simplesmente, era velho e se partiu. Mas essa resposta não foi muito satisfatória, pois os responsáveis da empresa e da parte de manutenção, obviamente, buscaram “tirar o deles” da reta e demonstraram que não havia possibilidade disso acontecer (piloto esperto & navegado, manutenção impecável, enfim, tudo certinho). Novos inquéritos são abertos, pois começam a aparecer incongruências e reticências. Por exemplo: as gravações entre a torre de controle de Ciampino revela que os pilotos estavam na rota perfeita, mas que pediram para verificar os radiofaróis, pois todos resultavam apagados pela instrumentação de bordo. O controle confirmou isso. Até que, em 1987, perante as muitas, demasiadas dúvidas da sociedade, finalmente o governo italiano encontrou o dinheiro para recuperar os restos do aparelho pagando, para isso, uma empresa francesa. O que se vê acima, na foto, é a reconstrução do avião como se encontra, hoje, em um hangar de Bolonha, reconstrução realizada com os vestígios originais encontrados da aeronave. Bom, a história de como o avião de Ústica foi abatido é, com certeza, digna de Ian Fleming, mas, infelizmente, é real, e não estou inventando, se alguém quiser verificar os fatos e ficar absolutamente maravilhado com o que os serviços secretos “desviados” de um país podem fazer em termos de desinformação é só assistir aos 4 vídeos sobre o tema no youtube (acessar digitando: blu notte ustica, no espaço de busca). Os inquéritos mostram a relação entre um MIG da Líbia que caiu 20 dias depois do jato civil em território italiano enquanto ia para reabastecer na então socialista Jugoslávia de Tito com o vôo Itavia que desapareceu. Os inquéritos revelaram que no céu, naquela noite, avia muito mais que um avião civil indo para a Sicília, havia um batalhão inteiro: caças franceses saídos da Córsega, caças italianos saídos da base militar de Grosseto, na Toscana, um caça americano e... um MIG. Apareceram, ao longo dos anos, novas gravações, novas declarações, mortes suspeitas.... O conjunto completo dos temperos de best-sellers de espionagem & traição). Moral da história, as autoridades judiciárias, na base dos relatórios das comissões de inquérito instituídas ao longo do tempo, estabeleceram os fatos, mas não encontraram os culpados... Basicamente: houve uma batalha, nos céus, naquela noite. Um MIG tento passar, os franceses, americanos e italianos o perseguiram e atiraram. Só que ele estava escondido debaixo da barriga do avião civil, portanto não se sabe se o jato foi derrubado porque acabou entrando na explosão geral ou porque um míssil o atingiu.
Com isso, eu não quero em momento nenhum afirmar que teve necessariamente algo parecido. O que me parece incongruente, é a parte do “silêncio”, essa falta de “rastreamento” do aparelho ao longo do vôo. O vôo AF 447 se parece mais um caso de “ninguém sabe, ninguém viu”. Porque digo isso, e aqui já vou encerrando essa reflexão assaz inútil: verdade é que a Itália é um lugar povoado e de interesse estratégico e cheia de bases militares, portanto literalmente – como o caso do avião de Ústica ensinou – COBERTA DE RADARES MILTARES e de comunicações, que permitiram que, no final das contas, acabaram registrando sim a presença de um montão de aviões voando por aí sem identificação.
A incongruência? Para mim, é essa: a tecnologia de hoje permite muito mais, com sistemas GPRS, GPS e outras coisicas parecidas. E quer dizer que ninguém em lugar nenhum viu absolutamente nada? Conta outra, coelhinho da páscoa, enquanto vou passar minhas férias na Terra do Nunca!

3 comentários:

  1. Hello Giulia!!!!! ^^
    Finalmente achei o Blog!!! Só li essa ultima reflexão postada!!! Eu não conheço a história do Stephen King....acho que por isso pensei primeiramente em Lost!!^^"
    Não conhecia essa história do avião de Ústica... mas...agora que você comentou... é bem passível de associação com a tragédia do AF447!! Quem sabe em breve não ficaremos sabendo de um caça ou outro do gênero que, por algum acaso do destino, desprendeu-se dos céus também!!! ^^

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  2. Lost...é o que sempre vem a cabeça...em uma conversa outro dia com uma amiga,foi dito que:" Foram encontrados destroços, ou resquícios de um avião repleto de Japoneses (os quais denominamos de TOKIANOS) que caiu, acho que, a mais de 30 anos próximo ao local do acidente com o 447"... Olha eu acredito que ainda estarei viva pra ver o desfecho dessa história! Ou então a gente espera a próxima temporada...

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  3. EU SABIA!!!! FORAM OS JAPONESES que sairam do triângulo das Bermudas, em que ficaram por mais de sessenta anos... E como estavam desnorteados, acabaam batendo no 447! Por outro lado, o avião que caiu óntem, na verdade foi uma LULONA gigante que esticou o tentáculo... Não, fala sério: agora qualquer temporal derruba avião???????

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