terça-feira, 28 de janeiro de 2014

QUE ROUBADA!

Hoje fui. Já tentei, lá no começo de janeiro, mas tinha uma placa: abriremos dia 17 de janeiro. Aí, pensei que era uma besteira, fechar um lugar de exposições artísticas, com um acervo que, ao que eu li, é significativo da arte contemporânea brasileira, durante as ferias escolares.
Pensei: olha só, agora que na cidade não têm opções de lazer, seria legal um lugar culturalmente ativo, para dar uma volta, no ar condicionado, alimentando o meu cerebelo... Bom, resignada, marquei a data de reabertura e voltei para casa.
E.
Hoje fui. De novo. Debaixo de um sol escaldante, pensando a mesma coisa. Que seria legal bater pernas em um lugar culturalmente interessante, fresquinho (porque, é sabido, para conservar a arte o ambiente tem que ser climatizado). Queria alimentar meu cerebelo atrofiado pelo calor, pelas voltas inúteis em ambientes comerciais (oh, o tédio infinito do shopping, nem a graça de ver um rolezinho de gente diferente dos costumeiros frequentadores!), alienada pela falta de alternativas!
Fui. E voltei. Me xingando de boba e iludida. O lugar culturalmente ativo, o refresco cerebral tão desejado.... estava fechado. E assim permanecerá. Até dia 15 de março....
Mas aí, pergunto eu: abriu dia 17 para permitir a mudança da miserável folhinha A4 que diz que reabrirá em outra data??? Só??? E que miserável folhinha A4 é essa, oferecida aos que chegam procurando alimento cultural, lazer cultural, enfim, aquilo que me propagandearam como oferecido por esse lugar? Uma folhinha A4. Miserável.
Voltei para casa decepcionada, ferrada pelos mais de 37 graus de temperatura, frustrada e convencida de que Black Stream não tem nenhuma esperança de merecer o título de "Capital Cultural".
E não venham me dizer que a praça ao lado do shopping, de concreto escaldante debaixo do sol, com aqueles horrendos painéis cheios de textos que ninguém jamais lerá (pois: quem vai encontrar um jeito de atravessar o imenso cruzamento, debaixo do sol, para ler longas banalidades sobre um palhaço/quem ousa passear em lugar tão hostil/quem vai achar um jeito de estacionar em um ponto OBVIAMENTE pensado para transito de carros????), com imagens adocicadas de palhacinhos com asinhas de anjinhos é CULTURA! Cultura de quem, para quem? É notório que a praça foi um escambo: o shopping pediu a mudança do transito, o ministério público negou, aí negociaram. O shopping "inventou" essa praça sem noção em troca de passagem livre para os consumidores de maneira a favorecer os negócios.
E aí? Será que isso envolve as pessoas comuns, os sentidos estéticos ou memoriais delas?
E não venham me dizer que na esquina da Jerônimo com a Francisco J. o memorial às palmeiras, em concreto baixinho e com as fotos já apagadas, em outro lugar onde só se pode andar de carro, é significativo cultural e esteticamente!

Me sinto no coração das trevas desse mundo enganoso: É O HORROR, É O HORROR!!!
P.S. E o final, como todos sabem, é citação...
P.S.2 Não vou falar o lugar onde FUI e NÃO entrei, pois não se trata de lugar público. Portanto, como estamos nas mãos de privados, e eles têm direito de abrir e fechar do jeito que bem entender, não me cabe aqui dedurar. Agora, que me sinto ludibriada, me sinto!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

EU QUERIA...

Eu queria que 2013 não tivesse acontecido do jeito que aconteceu.
Eu queria que 2014 continuasse do jeito que começou.
Eu queria que levantasse o voo, depois dessa primeira estréia (que não foi tão ruim).
Eu queria realizar as poucas - e consistentes - metas que selecionei.
Eu queria escrever, e bem.
Eu queria mais autoestima.
Eu queria fazer um bom trabalho no trabalho.
Eu queria inspiração.
Eu queria para mim.
Eu queria inspirar.
Eu queria fazer bem feito - o que eu faço.
Eu queria ouvir boa música.
Eu queria ver bons filmes.
Eu queria ler bons livros.
(A propósito, tenho lido ótimos livros nesse começo de ano...).
Eu queria cozinhar bem.
Eu queria comer bem.
Eu queria aprender a falar coisa boas, na hora certa. As erradas, não queria mais falar.
Eu queria. Mas entre dizer e fazer há uma distância que...
Eu queria encurtar essa distância. 
Eu queria muito parar de querer, para fazer!