terça-feira, 20 de dezembro de 2011

DIÁRIO DE VIAGEM: CHEGANDO NA MONGOLIA...


Eu estava devendo minha viagem para a Mongólia há muito tempo... finalmente, tomei uma atitude! Aqui vai um breve "diário" da visita ao templo Gandam em Ulaan Baatar...

... Chegamos em Ulaan Baatar por volta das 6.30. Já estava claro, e pôde observar, pela janela do avião, o lugar onde estávamos aterrissando. Pelo que constatei, a Mongólia, vista de cima, é uma terra verde e marrom, praticamente sem vegetação alta, ondulada.
Aqui e acolá, formas redondas, brancas: são as geer, ou yurtas, as tendas dos nômades. Aterrissamos nessa paisagem insólita e demoramos um pouco para sairmos do aeroporto, pois precisávamos esperar a emissão do visto.
Agora o visto no meu passaporte ocupa uma página inteira, e não consigo deixar de olha-lo: me sinto uma Marco Polo do século XXI, aqui, na terra de Gengis Khan, nossa, uma viagem que sonhei por tanto tempo!
Na saída, nossa guia estava nos esperando, uma moça muito jovem, que fala um pouco de italiano.
Do aeroporto até a cidade andamos um bocado, ladeando o nada da terra, vazia de um lado, com as grandes centrais elétricas do outro... tudo como nas minhas viagens imaginárias, tudo como nas imagens que criei em minha cabeça!
Descansamos, pois afinal, o vôo Moscou Ulaan Baatar demorou a noite inteira.
Na parte da tarde, fomos visitar um pouco de cidade.
A primeira parada foi o Gandam, um complexo enorme de templos e mosteiros budistas, talvez o maior do país.
Amei as suas edificações, assim como amei virar os cilindros do karma, assim como amei a gigantesca estátua do Buda e os estupas em volta do templo.
Um grupo de monges estava armando uma geer colorida, e vi como se constrói do começo ao fim.
Quando acabaram, deixaram a gente entrar...

GALÁPAGOS: A ILHA RÁBIDA...


Do meu diário de viagem nas Galápagos:
24 de Dezembro.

... A tarde foi de praia, na pequena ilha Rábida, vermelha pelos minérios de ferro, tanto na aréia, como na parte mais afastada da orla. Passamos ao lado de uma pequena lagoa salgada, onde os leões marinhos mais velhos e aqueles muito novos, aqueles leões marinhos que não são machos alpha, ficam para se recuperar das feridas de suas batalhas perdidas pela conquista das fêmeas. Passeamos no alto da ilha, cuja vegetação, extremamente seca, aguarda a estação da chuva, já prestes a começar. Os cactos são, aqui, uma variedade com espinhos macios, pois não há inimigos naturais dos quais se defenderem. Realmente, não espanta que Darwin tenha encontrado, nessas ilhas, o santuário de sua teoria. Com efeito, nas outras ilhas do arquipélago, lá onde se encontram as iguanas de terra, os cactos têm espinhos defensivos, pois esses estranhos répteis se alimentam deles.
Do alto de um rochedo, íngreme sobre a água do mar, a água é tão transparente que se vêem os peixes nadando, lá em baixo, distantes, listrados, coloridos, os peixes anjos.
Alguns caranguejos brilhantes, vermelhos alaranjados, estavam imóveis em uma fenda, perto de uma iguana marinha. Somente na ilha de Espanhola as iguanas marinhas são rosadas, por causa das algas que lá se encontram. No restante das ilhas do arquipélago elas são pretas ou cinza chumbo.
Sentei na praia, depois de andar ao longo das ondas, até o final dos rochedos, sempre no meio dos leões marinhos.
Areia vermelha, conchas brilhantes e um filhote de otária seguindo a mãe, tão recém nascido que ainda tinha o cordão umbilical pendurado na barriguinha.
Voltamos ao navio no final da tarde e, da sacada da cabine, vi a ilha de Rábida desaparecer em um por do sol vermelho dourado...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

TODOS SE PERGUNTAM...E EU TAMBÉM!


Então, não que o que vou escrever seja novidade, é que até hoje ninguém me respondeu direito... e vez ou outra, fico encanada com essas coisas. Coisas tipo lembrar de todos os nomes dos sete anões de Branca de Neve. Vejam bem, é uma questão importante... para lembra-los, encontrei um jeito, o de botar cada anão em um dia da semana. Ainda assim, em geral consigo lembrar somente de seis deles, e demoro para recuperar o sétimo lá na memória. Enfim, eu sou uma pessoa que tem perguntas. Várias. São questões que, às vezes, adquirem uma certa relevância. Ou não? De qualquer maneira, aqui vão minhas sete perguntas, uma pergunta para cada anão...
1) Dúvida clássica: por que o cachorro do Pateta não fala e o Pateta sim? Como eu acho que o Pateta é usuário de maconha & alucinógenos, será que isso tem a ver com a evolução diferente? Pior que o Salsicha e o ScoobyDoo?
2) De quem são filhos o três sobrinhos do Pato Donald? Ele tinha um(a) irmã(o) que morreu em algum acidente de carro? E no carro onde os pais dos três morreram, estavam também os pais do Pato Donald, que também morreram?
3) A Margarida é prima do Pato Donald? Pergunto, pois ela também é sobrinha do Tio Patinhas... nesse caso, se é prima, não é meio incestuosa, a relação entre ela e o Pato Donald?
4) Tio Patinhas é irmão da Vovó?
5) O cavalo Horácio e a vaca Clarabela são casados. Se tiverem filhos, o que vai nascer?
6) Peninha, além de maconheiro, é gay?
7) Por que não existem patos pretos em patópolis?
Acho que todos nós, em algum momento, tivemos essas dúvidas....





quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CRUZAMENTOS SEM MEMÓRIA.


Em Black Stream estamos bem no meio do "paradoxo da falta de senso de noção". É um lugar onde vale tudo, e nada faz muito sentido.
Por exemplo...
Por exemplo:
Todo mundo que já não digo estudou, mas assistiu o Jornal Nacional em algum momento de sua vida no dia 9 de julho sabe que no Estado de São Paulo é feriado.
Talvez também saiba porque.
É feriado pela mesma razão pela qual em Capital City (melhor conhecida como A CAPITAL do homônimo estado) NÃO existe uma rua/avenida/praça intitulada a Getúlio Vargas.
É ÓBVIO: você não comemora o dia 9 de julho e, ao mesmo tempo, o cara contra o qual você lutou exatamente no dia 9 de julho. Capital City escolheu lembrar de que lado esteve na época da Revolução de 1932.
Pois bem...
Pois bem:
Como demonstração de que falar em memória (pior, em MEMÓRIA HISTÓRICA) na latitude de Black Stream é, evidentemente, um mero exercício escolar, de que não passa de uma chatice curricular que não interessa a NINGUÉM, apresento, aqui, O CRUZAMENTO SEM NOÇÃO:
Em Black Stream.
Existe.
Um cruzamento.
Que faz.
O SENTIDO pirar:
a avenida NOVE DE JULHO cruza com
a avenida GETÚLIO VARGAS.
Assim, lembramos de todos sem escolher ninguém.
Que significa que não lembramos de nada e de ninguém.
Assim, todo mundo fica feliz, o passado não revela seus conflitos, ninguém vê, ninguém pergunta, e tudo, tudo mesmo pode ser esquecido...
Francamente, não que eu ligue: essa história não me pertence. Só achei curioso que não pertença também aqueles aos quais deveria pertencer...