quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A MALA EDUCACION GLOBALIZADA

Sexta feira passada fui comprar a comida para os meus gatos. Na entrada do estacionamento da loja havia um pouco de fila. A rua é mão única. De repente, um machinho idiota chega na contramão e tenta furar a fila. Eu, impávida colossa, fingi que não vi e não deixei o moleque entrar na minha frente. O cara começou a berrar, enfurecido, me xingando de malcomida e malamada. So levou meu dedo em riste. Mas isso não seria nada, se não fosse que estamos em um quadro muito mais amplos de ofensas dessa natureza espalhadas pelas boquinhas muito sujas de muitos homenzinhos pelo mundo afora. É só ler as páginas dos jornais, para ver como esse tipo de insultos atravessam transversalmente a nossa realidade. Desde a política, pois é cada vez mais comum o uso de palavras dessa natureza nas aulas dos parlamentos, até o mundo do espetáculo, e o tal de Rafinha CHEIO-DE-ÓDIO-DAS-MULHERES Bastos é o último exemplo de uma longa série.
Não há muito como fugir disso, quando se vive em uma realidade em que, por exemplo, se enaltece a imagem feminina do jeito que os publicitários fazem nos comerciais da Hope: a Gisele Bundchen ensina que é possível convencer um imaginário parceiro a pagar para tudo e a ficar tranquilo sobre o arrombo na conta bancária oferecendo suas graças. Me digam se esse não é um convite claro a nos transformarmos em um corpo sem cabeça, sempre e de qualquer jeito!

Um comentário:

  1. É um convite, e é a ele que iremos resistir, sempre, pelo simples fato de não fazer sentido!

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