terça-feira, 10 de janeiro de 2012

UMA HISTÓRIA DA SABEDORIA DA SIBILA.

Quando a Sibila tinha somente setecentos anos, conduziu Enéias para o Ades, para que ele pudesse falar com o pai Anquise. Por volta dos mil anos de idade, a Sibila reuniu e ordenou todas as folhas de palmeira com seus oráculos, costurou-as em nove rolos (volumes), para que o vento não as levasse, e se apresentou ao rei de Roma, Tarquinio, o Soberbo, oferecendo-lhe esses volumes.
O rei ficou interessado aos livros, mas, quando a Sibila pediu 300 moedas de ouro, se recusou a pagar, considerando o preço excessivo.
Então, a Sibila jogou três dos volumes no fogo. Logo depois, voltou a oferecer s seis volumes que sobraram ao rei: pelo mesmo valor de 300 moedas.
O rei riu e, claro, continuou recusando. Mais três livros encontraram, assim, o caminho das chamas.
A Sibila, a esse ponto, ofereceu mais uma vez os últimos três livros ao rei. Preço: 300 moedas.
Preocupado com a teimosia da velha vidente, o rei reuniu um conselho de sábios, que chegou à conclusão de que o rei errara em deixar a Sibila queimar os livros, pois aqueles volumes continham um conhecimento difícil de se avaliar que, porém, incluía a visão do futuro de Roma fornecendo, assim, a maneira de enfrenta-lo.
O sábios sugeriram, portanto, que o rei comprasse os últimos três livros, pelo preço pedido.
Assim nos conta a história Dionísio de Alicarnasso.
A pergunta que assombra o rei é: "Por que três livros valem o mesmo de nove?".
Valem o mesmo porque são o mesmo. Um livro é todos os livros, ele é possível graças aos demais. o livro não é submetido ao tempo.
Mais ainda: como a Sibila, pode levar-nos ao além, pode nos por em contato com os mortos...

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