quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

MONGÓLIA, DE NOVO...



A planície, a perder de vista, ondulada, como um mar imóvel, sem qualquer vegetação.
Há, suspenso, acima, esse céu imenso que aparenta ser mais brilhante, mais alto e livre de qualquer outro céu que já vi.
Há a grama, a estepe, os pequenos cavalos, o céu escancarado, cheio de luz, que não te oprime, mas te liberta.
De outros países, pode-se dizer que se gosta porque lá há o conforto da civilização, ou porque se ama a arte, a gastronomia, os tecidos, a música, a arquitetura, a variedade das paisagens.
Na Mongólia, tudo isso não existe, ou, melhor, existe de forma relativa, quase incompleta, existe de forma minimalista.
É desconfortável.
A Mongólia me atrai porque lá há espaços vazios. Para além de tudo, mais forte do que tudo, se ouve o silêncio.
Mongólia, mar verde silencioso no por do sol.

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