quinta-feira, 5 de agosto de 2010

DIÁRIOS DE VIAGEM III

29/07/2010 Parma. h. 12.30
Primeiro passeio pela minha cidade. Em exploração das permanências & transformações. Ontem cheguei que já era noite e, pelo cansaço, não fiz esforço nenhum para olhar em volta. Mas hoje, sim. Sai que eram umas 10.30, já que levantei quase às 10. O fuso horário de cinco horas tem lá sua influência.
Então, sai. A temperatura, ainda que verão, é aceitável, abaixo dos 30 graus. O céu está azul e cheio de andorinhas. Sinto falta das andorinhas e de seus gritos, lá em Black Stream. Na cidade, poucas são as mudanças visíveis, pelo menos no caminho principal para chegar ao centro. Algumas obras de reforma nas ruas, o mercado, que está ficando muito esquisito: havia lindas casas coloridas. Ainda estão lá, porém sua visão está impedida por uma misteriosa estrutura de vidro & aço, cuja função ninguém soube me explicar qual vai ser. Sumiu uma das lojas de conveniência mais antiga, a COIN, que foi transferida. Fora isso, tudo aparenta continuar do mesmo jeito.
Primeira parada: uma livraria tipo "clube do livro", ótimos descontos, comprei vários livros de literatura de entretenimento.
Segunda parada: a livraria Feltrinelli, onde não há descontos, mas é aqui que abasteço minhas reservas de ensaios.
Comprei um livro da Anna Politovskaya, a jornalista russa morta a tiros por incomodar o regime putiniano. Não há nada dela publicado no Brasil. Também comprei um belo ensaio sobre as relações entre arte e ciência e outro, de literatura "quase" de viagem, de Alain de Botton: é uma crônica que me pareceu interessante, sobe uma semana que o autor passou dentro de um aeroporto.
Tive outras tentações "literárias", mas preciso ir devagar, parcelar o tempo nesse ofício delicioso que é escolher os livros para levar embora.
Voltei para casa, sempre andando, e agora vou almoçar. Pretendo passar minha tarde abandonada no sofá, lendo meus livros...

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