terça-feira, 20 de dezembro de 2011
DIÁRIO DE VIAGEM: CHEGANDO NA MONGOLIA...
GALÁPAGOS: A ILHA RÁBIDA...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
TODOS SE PERGUNTAM...E EU TAMBÉM!

Então, não que o que vou escrever seja novidade, é que até hoje ninguém me respondeu direito... e vez ou outra, fico encanada com essas coisas. Coisas tipo lembrar de todos os nomes dos sete anões de Branca de Neve. Vejam bem, é uma questão importante... para lembra-los, encontrei um jeito, o de botar cada anão em um dia da semana. Ainda assim, em geral consigo lembrar somente de seis deles, e demoro para recuperar o sétimo lá na memória. Enfim, eu sou uma pessoa que tem perguntas. Várias. São questões que, às vezes, adquirem uma certa relevância. Ou não? De qualquer maneira, aqui vão minhas sete perguntas, uma pergunta para cada anão...
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
CRUZAMENTOS SEM MEMÓRIA.

Em Black Stream estamos bem no meio do "paradoxo da falta de senso de noção". É um lugar onde vale tudo, e nada faz muito sentido.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
A DESELEGÂNCIA DESSAS JÓIAS...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011
CAIO MACHÃO CASTRO???
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
MULHERES QUE ODEIAM AS MULHERES???

Uma das coisas que mais me incomodam são as mulheres assumindo tons e posturas machistas. Mulheres que falam de mulheres como se elas não pertencessem ao mesmo gênero. Comentários como "não dá para confiar nas mulheres", ou como "mulheres são mais traiçoeiras"que os homens são bem comuns, entre milhares de outros que não vou nem me dar ao trabalho de colocar aqui. Acredito que bem os conhecemos. Mulheres são fofoqueira. Mulheres sofrem de TPM. Mulheres são umas cobras. Mulheres são levianas. Mulheres só gostam de gastar em shopping. Mulheres só correm atrás de carteiras cheias. Mulheres são isso, mulheres são aquilo e, no final das contas, somando tudo, são a pior criatura que já ocupou esse mundo. E até aí, não me espanta que homens, padres, pastores, enfim, os legítimos detentores dos valores patriarcais e religiosos se expressem seguindo essa tradição misógina e muito estúpida.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
UM CONTO DE FADAS & LIVROS
Uma leitura em que a liberdade anárquica de um leitor se torna defesa assassina do objeto dessa liberdade, o livro, se encontra em uma das muitas histórias que se entrelaçam no romance Storia di Neve, de Mário Corona (2007). A jovem Neve, protagonista do romance, gosta de passear pelo bosque onde os lenhadores “fazem a madeira e os machados cantarem”, e ela gosta desses sons. Entre os lenhadores, ela é amiga do velho Lídio que, durante as pausas do trabalho, costuma ler um livro. Neve fica curiosa e, um dia, pergunta-lhe de que livro se trata, inclusive porque “de tanto manuseá-lo, as páginas mal ficavam ainda juntas” (CORONA, 2007, p. 483). O velho responde que ele não sabe, pois nunca aprendeu a ler. Neve pergunta, então, como ele pode ler se não aprendeu a ler, e Lídio revela uma perspectiva interessante sobre a liberdade do leitor que o livro proporciona:
Eu não sei nem ler nem escrever, mas quando olho para as páginas desse livro histórias, muitas histórias me vêm à cabeça, uma apos a outra, e as conto para mim mesmo, assim é como se estivesse lendo o livro. Acredito que o livro contenha uma única história, mas eu invento muitas olhando para as páginas, e são histórias bonitas, se eu soubesse escrever as escreveria, mas um dia vou contar umas para você. ( Ibidem, p. 484).
Neve pergunta para Lídio se ele consegue inventar histórias sem olhar para o livro, mas ele responde que não, sem abrir as páginas não nascem, são as páginas que as despertam, e assim “... você vê que, na prática, leio histórias sem saber ler” (Ibidem, p. 484).
Curiosa, Neve pede ao velho o livro emprestado e vê tratar-se de Os Noivos, de Alessandro Manzoni, que ela nunca lera. Neve propõe ao velho a leitura do romance e, no começo, somente Lídio parava para ouvir mas, em poucos dias, todos os lenhadores se aproximaram para ouvir a leitura, para escutar a narrativa das desventuras de Renzo e Luzia. O fim da leitura do livro provoca, em todos esses leitores ouvintes, um sentimento de tristeza. O mais triste de todos, porém, é o próprio Lídio, porque, explica,
[...] agora já conheço a história de meu livro, e quando viro as páginas elas não me dizem mais nada. As páginas não me contam mais histórias, não me deixam mais inventar histórias para mim. A única história que me contam é aquela que você leu, mas essa eu agora já conheço. Preciso encontrar um outro livro, que eu não sei o que tem dentro, e então, talvez, as histórias voltem. (Ibidem, p. 485).
Neve resolve presenteá-lo com seu livro de gramática, e não lê sequer uma linha para Lídio, que volta a “inventar” (de inventio = encontrar) as histórias nas páginas. Dois anos mais tarde, Lídio se apresenta ao padre da aldeia, dom Chino, que se maravilha pelo aparecimento do velho, pois esse costumava rezar somente nos bosques e não freqüentava a igreja. Ainda por cima, lia e relia o mesmo livro sem saber nem ler nem escrever. Anteriormente, Lídio visitara Neve e deixara-lhe de presente Os Noivos. O velho quer se confessar, mas “de homem para homem”, olhando nos olhos de dom Chino. Se confessa, assim, com uma garrafa e dois copos de vinho na mesa, assumindo a culpa de ter matado um homem. A razão de seu homicídio reside no livro que esse homem roubou dele, o mesmo que Neve lhe dera. Quando Lídio pediu ao homem que o devolvesse, esse o ignorou. Tomado por um raptus, Lídio cravou-lhe a foice no peito, pois o homem mentira, dizendo-lhe que queimara o livro. Lídio, com efeito, não acredita e, depois de matar, procura e encontra o livro, que leva, manchando sua capa com o sangue.
Agora, cheio de remorsos, resolveu confessar e ir embora. Com efeito, depois da confissão, Lídio desaparece da aldeia, sem deixar vestígios. Muito tempo depois, será a própria Neve que encontrará um esqueleto. Ela mesma o identifica como os restos de Lídio, graças a uma lata selada ao lado dos ossos, que contem, entre outros objetos, o livro que Neve lhe dera e com o qual será enterrado.
domingo, 20 de novembro de 2011
QUEM PODE, PODE...

Quem pode o que, nesse mundo?
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
JÁ PARARAM PARA PENSAR?

Escrever é uma fala diferente, mediada pelo registro que a sustenta, que pode permanecer para leitores futuros. No caso de uma produção que busca uma publicação, é uma escrita que desafia os limites do círculo íntimo de parentes e amigos, é um gesto cheio de ambição e de exercício de poder, pois significa colocar-se no centro do mundo e deste lugar falar. Gesto ousado e até tempos relativamente recentes, negado às mulheres, às quais fora ensinado a se colocar de lado, a não tomar a palavra, a ser modestas e obedientes. As mulheres tiveram que conquistar o direito de publicação.
A publicação de um livro coloca a mulher, como indivíduo, no espaço público. Este transforma suas escolhas em atos documentados pelas próprias palavras, na medida em que se considera o papel de um indivíduo em sua esfera de ação pública.
No século XVII, publicação significa, para as mulheres, se tornar de “domínio público”, ultrapassar os limites da esfera doméstica à qual eram confinadas quando “honestas”, arruinando suas reputações; ainda vigorava o princípio de um conflito entre seus papeis privados e públicos. Virginia Woolf em A room of her own, traça o retrato de uma famosa erudita inglesa, Margaret Cavendish: tamanha era a vontade dela de escrever, que foi condenada à solidão pelos seus contemporâneos. É uma escritora que escreve sem público e sem critica, e quando sai na carruagem, as pessoas observam-na boquiabertas, como uma freak de circo. Ela encarna a perda dos valores cultuados pelas moças honestas e modestas. É sempre Virginia Woolf que fala da trajetória de Aphra Behn, a primeira escritora profissional reconhecida na Inglaterra. Para Virginia, a independência econômica – que Aphra alcançou – é a base de todas as outras liberdades; todavia, ainda por longo tempo, as mulheres que quisessem se tornar economicamente independentes através do exercício da escrita – e da publicação -, teriam que assumir uma identidade de mulher pública associada à prostituição, pois ousam se expor, tomar a palavra e, enfim, ganhar dinheiro com isso, postura lamentável, na época.
O direito a uma escrita pública, parcialmente alcançado no século XVIII, encontrou novos obstáculos no século XIX, com o florescer de teorias “científicas” sobre a incapacidade feminina de criação intelectual – o antigo logos, território masculino da esfera pública, em sua face moderna, continua exclusivo. No século XVIII encontra-se uma mudança na definição das relações sociais. Rousseau põe o problema do governo baseando-o no conceito de economia não mais entendida como mera gestão dos bens particulares por parte do pai, mas ampliando o sentido da palavra para o de “Economia Política”. A população passa a ser concebida, então, como sujeito de necessidades, como finalidade do governo, e não mais como a potência do soberano. Nesse quadro, passa a ser também o objeto sobre o qual trabalhar “publicamente” em termos de saber.
A “teoria contratual”, base da sociedade moderna – e contemporânea -, apresenta, mais uma vez, o problema da exclusão das mulheres. Conforme tal teoria, um dos alicerces da revolução francesa, as relações entre os homens são definidas por um plano “horizontal”, ou seja: os membros da sociedade podem estipular contratos com base paritária (a egalité revolucionária), de forma livre. A questão surge com a fraternité: este termo não define a totalidade do corpo social, incluindo somente o gênero masculino. Poderia aparecer uma sutileza retórica argumentar sobre a Declaração Universal dos direitos dos cidadãos. Todavia, a discussão sobre as cidadãs levou à exclusão das mesmas da vida pública. No âmbito da teoria contratual, as relações “verticais” foram mantidas entre homens e mulheres. O caráter do poder político, do governo, do Estado, parece ser fortemente “viril”, excluindo as mulheres.
Olympia de Gauges (a foto é um retrato dela), revolucionaria e pensadora da revolução francesa, dedicava-se à disseminação de direitos universais que incluíssem as mulheres e seus escritos à levaram, literalmente, a perder a cabeça.
Não provoca espanto, portanto, a freqüência com que as escritoras redigiam prefácios às obras recheados de desculpas por sua ousadia, por atrair a atenção; oferecem seus trabalhos como algo cheio de graças, leve, decorativo, algo que não quer ofender nem adquirir valor. Estratagemas, talvez, para se proteger da critica.
Talvez seja por isso que, ainda hoje, a maioria das mulheres que escrevem dominam, principalmente, a literatura de gênero, aquela sem pretensões literárias, reservada ao entretenimento.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
BRUNA SURFISTINHA? ADOREI, PARABÉNS PARA ELA!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011
A DERROCADA DE QUALQUER HUMANIDADE

Em que ano estamos?
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
UMA RESSALVA...
40 não significa dois de 20!!!


terça-feira, 18 de outubro de 2011
UM CURRICULUM PARA AS MULHERES

Wislawa Szymborska é uma poetisa polonesa, vencedora do Nobel pela literatura. Comprei seu livro, recém publicado pela Cia. das Letras, e entre os vários poemas, encontrei um particularmente legal para explicar que há uma divergência nas formas de interpretar a vida dentro do gênero. Quando escrevemos um curriculum, devemos seguir regras rígidas, pena não sermos consideradas. E, assim, descrevemos nossas atividades selecionando somente aquelas para as quais ALGUÉM decidiu dar importância. Mas será que aquelas excluídas não têm relevância? Eu acredito que, para as mulheres, sim, elas têm. Nem quando escrevemos um memorial, que nada mais é que um curriculum em forma de relato, existe espaço para "a vida". Mas nada melhor do que esse poema para chegarmos ao X da questão...
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
A MALA EDUCACION GLOBALIZADA

terça-feira, 11 de outubro de 2011
LITERATURA DE VIAGEM SEXUADA


segunda-feira, 10 de outubro de 2011
SOBRE O MUSEU DA INOCÊNCIA

Raramente um romance é tão fiel ao seu titulo: ler O museu da inocência é como entrar e visitar um museu. Virar as páginas corresponde a visitar suas salas, em que nos deparamos com os objetos expostos nas vitrines, lendo as escritas das placas que explicam. Assim como em um museu, o autor reconstrói um mundo, salvando-o do esquecimento. O autor nos devolve a história de amor entre Kemal e Fusun, em cada detalhe singular e, ao mesmo tempo, recria a vida de uma cidade, Istanbul, na década de 1970.
As datas são importantes em qualquer museu: nesse, a primeira é 26 de abril de 1975 e a última será nove anos e quatro meses depois. A primeira é a data do dia em que Kemal entra na loja onde Füsun trabalha como vendedora e a última é do dia em que Kemal e Füsun viajam para a Europa, quando tudo acaba. A simples história desse amor é banal.
Quando a noiva de Kemal o abandona, o protagonista reencontra Fusun, casada, e começa um louco período em que ele freqüenta a casa dela e de sua família entre três e cinco vezes por dia. Ao longo de sete anos, dez meses e três dias, ao longo de 409 semanas, Kemal janta na casa da família da moça 1593 vezes.
A exatidão dos números é importante, pois oferece uma medida da meticulosidade doentia com que Kemal conserva, em sua memória, os vestígios de seu amor. A essa altura da história, ele ainda não sabe que, depois de visitar 5723 museus, dedicaria um museu a Füsun. Começa, todavia, a acumular objetos que pertenceram à moça, roubando na casa dela lenços, grampos, bibelôs, saleiros. Em seguida, amplia o campo de sua coleção, pois Füsun não é mais somente Füsun, tornou-se a cidade em que se amaram, está no navio do qual seus olhos se pousaram sobre o Bósforo, na garrafa de refrigerante, nos outdoors publicitários, na caixa de cigarros (ou na própria bituca), nos shows televisivos e em suas guias de programação, em uma infinidade de objetos e imagens que acabam se recompondo, como em um caleidoscópio, dentro do Museu da Inocência, espécie de Jardim do Éden antes da queda. Ainda que, aparentemente, no centro da memória se encontre Füsun, é, na verdade, Kemal que sempre fala de Kemal, personagem narcisista, frequentemente irritante, que encerra sua narrative afirmando que “Tive uma vida feliz”, sem se perguntar quantas pessoas, por causa disso, foram infelizes, e que - com uma pirandeliana virada narrativa – pede ao escritor Orhan Pamuk (que já encontramos dançando com Füsun durante a festa de noivado de Kemal com Sibel) para escrever o livro que estamos lendo, para que esse desenvolva o papel de catalogo e guia completo do museu, para que todos os visitantes possam se deslocar por suas vitrines com a clareza do que estão vendo e das razões pelas quais os objetos estão ordenados conforme uma dada narrativa. Em 1999 Orhan Pamuk comprou um palacete histórico em Istanbul para realizar um projeto ligado ao romance, encarregando o arquiteto Ihsan Bilgin – antes de começar a escrever o romance - de transformar o prédio em um museu, onde o livro e o próprio museu se cruzassem na história de amor entre Kemal e Füsun, os protagonistas. Depois de nove anos, tanto o romance como o museu nasceram contemporaneamente.
Nas últimas páginas do romance, Pamuk elabora de maneira clara e eficaz uma verdadeira “teoria do museu e das coleções”, oferecendo, inclusive, um mapa para chegar facilmente às suas instalações e dependências, e uma cópia de uma entrada, que todo leitor poderá apresentar para visitar o museu: será um percurso lento, às vezes tedioso, às vezes dará vontade de pular alguma sala e deixar de lado alguma relíquia que nos parece já conhecida. No final, todavia, sairemos do museu com a sensação de ter visitado a vida, que se trata de uma coleção de momentos felizes.
Na foto: o palacete onde foi inaugurado o Museu da inocência.
SEM HUMOR.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
FEMINISMO & FEMINISMOS

É necessário que haja uma mudança de atitude perante as mulheres jovens que buscam se espelhar, encontrar e reelaborar modelos femininos. Seria interessante que se encontrassem enfrentando o desafio de se tornar mulheres fortes, empoderadas (empowered) e que apresentam resultados de maneira tal que ninguém ousasse mais olha-las com uma certa perplexidade, ponderando quem foi o homem que as colocou lá. Sempre de passagem, diga-se que a Dilma não escapou disso... aqueles que não a queriam, a atacaram alegando que atrás dela havia a figura do Lula. Claro que sim... como atrás do Serra havia o FHC na época de sua disputa contra o próprio Lula... E que eu lembre, não pareceu tão estranho! Enfim, quando se coloca o Lula "atrás" da Dilma, se entende que ela não tem vontade própria e que ela será mera executora das vontades do Lula. Por sorte, a Dilma é, definitivamente, outra coisa respeito à essa idéia. Quer se goste ou não da política atual. Ela deve tornar-se uma figura de referência, um modelo com o qual confrontar-se.
Em uma certa medida devemos nos perguntar como desenvolver esse modelo. Aliás, em termos de "teorias de gênero", essa questão de modelo feminino que abre e mostra caminhos às outras é fundamental, porque raro e marcado por dificuldades, dúvidas e, também, os erros de quem pisa em territórios que nem sempre reconhecem nossas habilidades ou, até, nosso direito de sermos "ambiciosas". Precisamos procurar e nos tornar poderosas "mães simbólicas" para aprendermos!!
segunda-feira, 3 de outubro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011
ALERTA! COMPARTILHEM! PERIGO!
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Nissan - Pôneis Malditos
quinta-feira, 2 de junho de 2011
POR ONDE PASSA A DISCRIMINAÇÃO?

quinta-feira, 28 de abril de 2011
LA NOTIZIA CHE NON HO INCONTRATO.
Scorrendo i titoli dei giornali, ho sentito la mancanza di una notizia: quella delle manifestazioni spontanee che ricordassero al mondo che c'è ancora chi non crede al potere risolutivo delle armi, che l'Italia ripudia la guerra e che è un paese in cui è possibile la solidarietà verso quelli che le armi non ce le hanno, indipendentemente dal fatto che, nei loro paesi di origine, appoggino uno o l'altro dei contendenti. Facciamo un' ipotesi assurda, giochiamo alla fantapolitica. Facciamo finta di essere un'Italia in guerra. Così, giusto per rilassarsi un po'. Facciamo finta che l' Italia sia un posto dove da sempre si emigra. Oggi si emigra ben vestiti. Gli emgranti italiani arrivano all' estero come minimo con una laurea in tasca, sono lavati, ben vestiti, preparati. Sono cognitari, mano d'opera intellettuale. Vabbè, diciamo anche che in Italia ci sono fazioni politiche con interessi diversi e che, a un certo punto, ci siano i secessionisti, i fascisti e gli "altri". Gli "altri" sono un'entità confusa che, in parlamento, è chiamata opposizione. L' unica cosa che hanno in comune è un generico rispetto per i principi ancora illuministi della divisione dei poteri (principio basico della democrazia, si imparava già alle elementari, quando io ero bambina e facevo, appunto, le elementari dalle suore...non mi hanno mai obbligata a fare la comunione e sono orgogliosamente anticlericale, nel ricordo di maestra Romana, la suora cuoca gentilissima, di maestra Chiara, una donna che oggi vedo come "donna di successo" per meriti propri, e così via. Ma sto divagando, scusate, torno alla fantascienza di un'Italia immaginaria...). Dicevo, allora, che ci sono forze in campo che, ormai, sono disposte all' uso delle armi (per esempio, mafia e camorra e sacra corona e 'ndrangheta, ma anche padani convinti, che magari in alcuni luoghi hanno gente armata. È assurdo, certo, come poteva essere assurdo pensare che in yugoslavia ci fosse quel che ci fosse. Poi c' era quella folla confusa, che magari, all' inizio, appoggiava l' uno o l'altro, ma poi si ritrovava ad essere bersaglio quando stava in fila per il pane. Un classico della storia, questa relazione assolutamente emotiva della morte/rivoluzione per il pane. Insomma, alla fine c' era la gente che viveva in famiglia, lavorava, sperava in un futuro migliore per i figli che si è vista interrompere il tempo della vita, quello fatto dai ritmi della speranza. Nell'Italia del nostro gioco, facciamo finta che ci sia una famiglia leghista, una fascista e una degli "altri". Facciamo finta che vivano in una città del centro Italia, che ne so, Lucca. Un posto interessante, perché nella seconda guerra mondiale ha avuto la linea gotica a un sputo, è alle falde dell' appennino tosco-emiliano. Per cui, ci sarà una "generica" tradizione da parte di molte famiglie, di una memoria degli avvenimenti. Che ne so: la nonna che nascose il nonno, fuorilegge dal '43 perché membro dell' arma dei carabinieri, fedele al re. Allora il nonno si nascose dalla nonna, ma un giorno i fascisti bussarono alla porta e il nonno fece appena in tempo a nascondersi dietro alla porta. La nonna, che negli anni trenta era stata una "giovane italiana", divertendosi un sacco a fare ginnastica, si trovò così a fronteggiare i fascisti che chiedevano del nonno, convincendoli che lui non c' era. Dimenticavo di dire che, in questa memoria possibile di un qualche lucchese di oggi, il nonno era nascosto dietro la porta, si, ma con la pistola in mano... Allora, le tre famiglie lucchesi sono composte da genitori tra i 50 e i settanta e figli tra i 20 e i 40.
Facciamo finta, ora, che qualcuno, tra i figli, "emigri". Qualcuno, tra i figli, sia disoccupato o precario. Qualcuno lavora in polizia. Qualcuno va a caccia. Facciamo finta che tutte e tre le famiglie siano armate per una qualche ragione e che, ad un certo punto, una delle fazioni decida di prendere in mano le redini della situazione in un rapido colpo di mano, perché non ci riesce cambiando istituzionalmente l'assetto delle regole. Oh, si pensa sempre per assurdo, mica che cose del genere succedono in Italia. Allora, si comincia a sparare. E le nonne, le figlie, i nipotini, cominciano a vedere qualcuno della famiglia che piglia l' arma da caccia o di ordinanza e decide di reagire. Si cerca di mandare la nonna e il nipotino in svizzera, ma alla frontiera i leghisti svizzeri ci fanno fanno no praticamente in bergamasco e scuotono la testa con le armi in mano. Si cerca di fare uscire il figlio sposato con la nuora e la nipotina da Mentone, ma forti della riforma del trattato di Schengen rivisto, i francesi ci dicono no con accento garibaldino, scuotendo la testa con le armi in mano. Nel frattempo, gli austriaci hanno già chiuso la frontiera, con la benedizione del santopadre di turno (tanto, morto un papa se ne fa un altro). Ci resta Capodistria, speriamo in bene... Come se non bastasse, siccome all' Europa mica va bene che uno dei membri sia territorio di guerra, risolvono di fare attacchi mirati. Nel mentre, cominciano ad apparire gli abusi e i soprusi delle parti in gioco, si cerca casa per casa il nemico. Magari, qualcuno potrebbe bussare alla porta di una che, se sopravviverà, un giorno sarà ricordata come la "nonna che salvò il nonno". Si stupra, si ammazza, si brucia, si scappa. Ci si pente o si rafforzano certe credenze sulle parti in campo, ma la maggior parte in fondo, cerca di sopravvivere. Quelli che non sparano. I nonni e le nonne, i bambini e molte donne. Quelli che non hanno voglia di farsi ammazzare, che mica tutti sono eroi per alcune idee confuse, in fondo la maggior parte delle persone cerca di sopravvivere nel migliore dei modi possibile.
Fine del gioco. Dicevo, all'inizio, che mi dispiace molto non aver visto la notizia del popolo, per lo meno gli "altri" o parti di loro, scendere in piazza contro il bombardamento in se. Gli unici a dire che sono un pochino (ma mica abbastanza, secondo me) contrari sono i leghisti. Ma solo per la paura che l' uomo nero sbarchi dalla Libia, da dove tutti sanno arrivano solo terroristi. Parlano strano, stuprano le nostre donne, spacciano, sono sporchi, fanno paura, paura, paura). Magari dovremmo tutti rileggere Camus. O magari avremmo bisogno di ricordarci delle nostre nonne che difendevano il loro uomo dalla minaccia di morte del nemico. Gente che non votava neanche, perché il voto non era esattamente come oggi, magari non sappiamo neppure se avrebbero votato per un Berlusconi dei loro tempi o per un altro, ma che ad un certo punto si sono accorti che la cosa non era neppure più possibile risolverla con una rissa da bar, che in fondo, era un vivere civile.
Comunque: ci siamo davvero dimenticati di tutti quei valori che gli "altri", quelli che la carta costituzionale l' hanno fondata, hanno proposto? Pace, diplomazia, solidarietà, avversione alle soluzioni con le armi, vivere civile... E invece, l' unica preoccupazione sembra essere se il governicolo attuale cade per colpa della lega. Si, ma intanto siamo là a cacciabombardare qualche libico, giocando al piccolo chirurgo. Ogni tanto i chirurghi sbagliano, ma tante scuse e arrivederci.
Forse mi aspettavo non dico una discesa in piazza come quella spontanea degli spagnoli dopo gli attentati di Madrid, ma per lo meno un' "accesa scossa d' indignazione" che scuotesse la parte civile della popolazione, quella si, mi sarebbe piaciuta...
A proposito, le tre famiglie lucchesi hanno avuto la fortuna di conoscere un famiglia all' Elba e, costretti a condividere lo stesso spazio, nonostante le loro differenze anche radicali sono stati obbligati a sedersi, discutere, litigare pure. Per convivere senza ammazzarsi, per non dover scappare e trovarsi di fronte l'indifferenza o l'odio palese alla frontiera. Per non vedere nessun figlio morire, nessun nipote soffrire la fame. Le tre famiglie non si amano, si tollerano. Ma la figlia del fascista si è proprio innamorata del ragazzo degli "altri" che, prima di tutta questa gran tormenta, faceva architettura a Pisa... Discutono molto, litigano pure, ma è solo perché hanno molta, molta voglia di costruire il futuro dei loro figli...